Antes de mais nada, voc\u00ea precisa fazer com que os dois micros se conhe\u00e7am mutuamente. Aos efeitos do nosso teste, assumiremos que a eth0 tem acesso \u00e0 internet enquanto que a eth1 \u00e9 a placa de acesso interno, ou seja a que fica exposta para nossa rede conforme a seguinte tabela:<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

<\/td>\n	Micro A<\/td>\n	Micro B<\/td>\n<\/tr>\n
Fun\u00e7\u00e3o<\/td>\n	Roteador Principal<\/td>\n	Roteador Alternativo<\/td>\n<\/tr>\n
eth0<\/td>\n	201.b.c.d<\/td>\n	197.b.c.d<\/td>\n<\/tr>\n
eth1:monitor<\/td>\n	10.0.0.1<\/td>\n	10.0.0.2<\/td>\n<\/tr>\n
eth1:interna*<\/td>\n	192.168.0.100<\/td>\n	192.168.0.100<\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n A placa eth0<\/strong> e a eth1:monitor<\/strong> est\u00e3o configuradas como \u00e9 costume no seu servidor. Ou seja, o script n\u00e3o vai mexer com elas. A \u00fanica coisa que ele vai fazer \u00e9 alterar a configura\u00e7\u00e3o do eth1:interna<\/strong> que \u00e9 o roteador para toda sua rede interna. Em outras palavras, ora o Micro A assumir\u00e1 o papel de roteador da rede ora o Micro B. Repare que se voc\u00ea colocar a configura\u00e7\u00e3o do eth1:interna fixa em sua configura\u00e7\u00e3o, a sua rede n\u00e3o vai funcionar como esperado, j\u00e1 que ter\u00e1 um IP conflitante<\/span><\/p>\n Para que a m\u00e1gica funcione, devemos dar a cada nodo um arquivo de configura\u00e7\u00e3o que permita ao script saber do seu parceiro e de como proceder.<\/p>\n Para o Micro A, uma configura\u00e7\u00e3o v\u00e1lida seria a seguinte:<\/p>\n [config]\r\nlogfile=\/var\/log\/rs.log\r\n\r\n[main]\r\ntarget=8.8.4.4 208.67.222.222\r\ninterface=eth0\r\nip=201.b.c.d<\/strong>\r\nmask=255.255.255.224\r\ngateway=201.b.c.x<\/strong>\r\n\r\n[internet]\r\nhost=http:\/\/www.msftncsi.com\/ncsi.txt\r\nexpectedReturn=Microsoft NCSI\r\n\r\n[helmet]\r\ninterface=eth1\r\nsibling=10.0.0.2<\/strong>\r\nsshport=22\r\nsshuser=root\r\nip1=192.168.0.100<\/span><\/em><\/pre>\n J\u00e1 para o Micro B, precisar\u00edamos indicar uma configura\u00e7\u00e3o parecida com a seguinte:<\/p>\n [config]\r\nlogfile=\/var\/log\/rs.log\r\n\r\n[main]\r\ntarget=8.8.4.4 208.67.222.222\r\ninterface=eth0\r\nip=197.b.c.d<\/strong>\r\nmask=255.255.255.224\r\ngateway=197.b.c.x<\/strong>\r\n\r\n[internet]\r\nhost=http:\/\/www.msftncsi.com\/ncsi.txt\r\nexpectedReturn=Microsoft NCSI\r\n\r\n[helmet]\r\ninterface=eth1\r\nsibling=10.0.0.1<\/strong>Nor\r\nsshport=22\r\nsshuser=root\r\nip1=192.168.0.100<\/span><\/em><\/pre>\n Marquei em negrito<\/strong> o que muda de uma para outra no exemplo. Em resumo, cada um dos .ini tem a configura\u00e7\u00e3o do roteador real mais a do roteador irm\u00e3o. Essa \u00e9 a raz\u00e3o dos campos diferentes. \nMarquei em verde<\/span><\/em> a linha IP1=192.168.0.100<\/span><\/em> pois esse IP \u00e9 o compartilhado entre os dois. \u00c9 esse o IP que o script far\u00e1 o micro assumir quando perceber que o irm\u00e3o dele n\u00e3o \u00e9 o roteador padr\u00e3o da rede.<\/p>\n Repare tamb\u00e9m que para detectarmos se estamos conectados \u00e0 internet, estamos utilizando o mesmo mecanismo que o Windows7 utiliza mas nada lhe impede de utilizar um outro servi\u00e7o ou criar o seu pr\u00f3prio.\u00a0 Isto aqui s\u00e3o s\u00f3 dois exemplos.<\/p>\n\n\n\n\n\n Servi\u00e7o<\/td>\n Resultado<\/td>\n<\/tr>\n \n http:\/\/www.msftncsi.com\/ncsi.txt<\/pre>\n<\/td>\n \n Microsoft NCSI<\/pre>\n<\/td>\n<\/tr>\n \n http:\/\/www.inovacaosistemas.com.br\/internetAlive.txt<\/pre>\n<\/td>\n \n Internet Alive<\/pre>\n<\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n Para que os dois micros conversem, voc\u00ea deve compartilhar uma chave p\u00fablica com o parceiro. Os passos s\u00e3o bem simples e s\u00e3o id\u00eanticos para cada um dos micros.<\/p>\n 1) Primeiro crie um par de chaves no Micro A<\/p>\n $ sudo ssh-keygen<\/strong> \r\nGenerating public\/private rsa key pair.\r\nEnter file in which to save the key (\/home\/root\/.ssh\/id_rsa): [enter]<\/strong>\r\nEnter passphrase (empty for no passphrase): [enter]<\/strong>\r\nEnter same passphrase again: [enter]<\/strong>\r\nYour identification has been saved in \/home\/root\/.ssh\/id_rsa.\r\nYour public key has been saved in \/home\/root\/.ssh\/id_rsa.pub.\r\nThe key fingerprint is:\r\nf4:91:ba:e0:be:dd:4d:df:2a:f2:1e:1e:e0:c4:03:d9 root@inovacaosistemas\r\n<\/pre>\n 2) Agora copie sua identidade para o Micro B<\/p>\n $ sudo ssh-copy-id root@10.0.0.2<\/strong><\/pre>\n Ele ir\u00e1 pedir a senha do root no micro B e se estiver certa (e seu firewall liberar e o servi\u00e7o de ssh estiver rodando no micro B) a sua identidade ter\u00e1 sido copiada para o micro B. Voc\u00ea pode conferir que foi com sucesso acessando o micro B sem senha como segue:<\/p>\n $ ssh root@10.0.0.2 ls \/root\/<\/strong><\/pre>\n 3) Ele dever\u00e1 mostrar o conte\u00fado da pasta \/root\/ do micro B. Sem pedir a senha.<\/p>\n Repita os passos sobre o Micro B voltando ao passo 1. E a partir de esse momento seus micros conversar\u00e3o sem necessidade de senha.<\/p>\n Instalando os scripts<\/h5>\n A instala\u00e7\u00e3o consiste na simples descompacta\u00e7\u00e3o do arquivo de distribui\u00e7\u00e3o sobre a raiz da sua \u00e1rvore de diret\u00f3rios. O conte\u00fado \u00e9 o seguinte:<\/p>\n .\r\n\u251c\u2500\u2500 etc\r\n\u2502\u00a0\u00a0 \u2514\u2500\u2500 route-sentry.ini\r\n\u2514\u2500\u2500 usr\r\n\u00a0\u00a0\u00a0 \u2514\u2500\u2500 sbin\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 \u251c\u2500\u2500 rscmd\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 \u251c\u2500\u2500 rsd\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 \u251c\u2500\u2500 rs-lib.sh\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 \u2514\u2500\u2500 rstest<\/pre>\n Voc\u00ea pode ver se est\u00e1 tudo ok, utilizando o rstest<\/em> como no exemplo seguinte:<\/p>\n $ rstest<\/strong>\r\nisHostOnline 127.0.0.1 = 1\r\nCurrent GW = 192.168.42.129\r\nisMyGatewayAlive = 0\r\nisCommonGWReachable = 1\r\namIRouter = 0\r\nisSiblingAlive = 1\r\nisOutsideWorldReachable = 1\r\nisSiblingRouting =<\/pre>\n S\u00f3 isso j\u00e1 seria suficiente para montar seu pr\u00f3prio sistema de monitoramento, mas temos mais. Se o rstest<\/em> n\u00e3o\u00a0 devolve valores satisfat\u00f3rios para a situa\u00e7\u00e3o do micro de testes, revise o seguinte checklist antes de avan\u00e7ar:<\/p>\n 1) O Firewall est\u00e1 corretamente configurado de ambos os lados? \n2) Posso conectar-me desde o Micro A ao Micro B sem senha? \n3) Posso conectar-me do Micro B ao Micro A sem senha? \n4) Tenho o route-sentry.ini bem configurado em ambos os lados?<\/p>\n Se a resposta foi n\u00e3o para qualquer dos itens, ent\u00e3o volte ao inicio e revise.<\/p>\n O miolo do assunto<\/h5>\n O respons\u00e1vel por fazer a coisa toda funcionar \u00e9 o seguinte script:<\/p>\n #!\/bin\/bash\r\n#\r\n# (C) 2014 Esteban Daniel Dortta\r\n# Router Sentry Daemon\r\n#\r\n\r\nmy_dir=\"$(dirname \"$0\")\"\r\nsource \"$my_dir\/rs-lib.sh\"\r\n\r\nwhile [ 1 -gt 0 ]; do\r\n\u00a0 amIrouter\r\n\u00a0 if [ $? -lt 1 ]; then\r\n\u00a0\u00a0\u00a0 isSiblingRouting\r\n\u00a0\u00a0\u00a0 if [ $? -lt 1 ]; then\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 holdRouterRole\r\n\u00a0\u00a0\u00a0 fi\r\n\u00a0 else\r\n\u00a0\u00a0\u00a0 isOutsideWorldReachable\r\n\u00a0\u00a0\u00a0 if [ $? -lt 1 ]; then\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 isSiblingAlive\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 if [ $? -lt 1 ]; then\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 rslog \"FATAL ERROR: Internet nor sibling are reachable\"\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 else\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 releaseRouterRole\r\n sleep 30\r\n\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 fi\r\n\u00a0\u00a0\u00a0 fi\r\n\u00a0 fi\r\n\u00a0 sleep 10\r\ndone<\/pre>\n O algoritmo (que deve rodar concomitantemente desde nos dois micros)\u00a0 n\u00e3o \u00e9 exaustivo no sentido em que n\u00e3o testa todas as condi\u00e7\u00f5es operacionais mas s\u00f3 as que s\u00e3o estritamente necess\u00e1rias para que um ou outro Micro assuma a fun\u00e7\u00e3o de roteador na rede.<\/p>\n Em lugar de esperar para uma coisa dar errada, ele pergunta se as coisas est\u00e3o certas. Ou seja, se est\u00e1 tudo ok, para que vou mexer? Isso – claro – deixa de lado a situa\u00e7\u00e3o em que a rede est\u00e1 operacional mas haveria uma rota mais r\u00e1pida melhor ou mais econ\u00f4mica a ser utilizada mas como esse n\u00e3o \u00e9 o prop\u00f3sito desta primeira vers\u00e3o, deixaremos para uma poss\u00edvel segunda vers\u00e3o da solu\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Se o micro for o roteador, ele verifica se ele mesmo consegue acessar a internet. Novamente, se ele consegue acessar a internet, deixa tudo quieto.<\/p>\n Se ele n\u00e3o consegue acessar o mundo exterior, verifica se o parceiro est\u00e1 vivo. Se estiver, ent\u00e3o ele libera os IPs e volta a esperar dando tempo suficiente para o irm\u00e3o tentar assumir o controle. Se o irm\u00e3o morreu e ele mesmo n\u00e3o tem acesso \u00e0 internet, devolve uma mensagem de erro no arquivo indicado na configura\u00e7\u00e3o pois n\u00e3o tem como sair do bueiro.<\/p>\n N\u00e3o me estenderei no algoritmo, s\u00f3 direi que ele assume as fun\u00e7\u00f5es de roteador quando ele n\u00e3o \u00e9 roteador e o irm\u00e3o n\u00e3o est\u00e1 acess\u00edvel ou n\u00e3o consegue navegar no mundo exterior.<\/p>\n Repare que n\u00e3o h\u00e1 ordens de um ao outro, s\u00f3 perguntas. Isso evita de termos um \u00e1rbitro entre os dois Micros.\u00a0 Dito de outra forma, os dois fazem o melhor esfor\u00e7o para manter a rede funcionando. Ganha o que chega primeiro.<\/p>\n Para testar, rode ele nos dois micros.<\/p>\n \/usr\/sbin\/rsd<\/pre>\n Se tudo estiver ok, coloque ele para rodar no \/etc\/rc.local ou onde sua distribui\u00e7\u00e3o goste acrescentando a seguinte linha nos dois micros:<\/p>\n \/usr\/sbin\/rsd &<\/pre>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Um pouco de hist\u00f3ria Recentemente me vi na obriga\u00e7\u00e3o de dividir um servidor Linux em dois pois nele coincidiam duas linhas de acesso \u00e0 internet concentrando o tr\u00e1fego e distribuindo o mesmo conforme necess\u00e1rio entre as duas linhas de acesso. Quem me conhece sabe que sou p\u00e3o duro com dinheiro alheio. 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